terça-feira, 6 de maio de 2008

Madrugada


Ela me chama
Juro que tento
Não me controlo
Atendo a todos os seus pedidos
Sirvo-me de sua bandeja
Farta, fraca, vulgar e atraente
Objeto que reflete a lua
Momento que anuncia o sol
Fico inerte
Com um olho na paixão
E o outro no amor
Não me decido
Próximo dia, sentimentos retornam
Na mesma ou com mais intensidade
Assim é ela
Silenciosa e escandalosa
Alegre e tensa
Aí fico eu
Sem saber
Sem ir
Sem vir
Sem ser
Mesmo sendo
Uma parte da madrugada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um espetáculo!
Um cheiro!
Karina