sábado, 14 de novembro de 2009

Indissociável da imperfeição

Nem nunca pedi a Deus
Que minha imagem e
Semelhança fossem igualáveis
À Sua. Semelhança não é iluminada
Pela igualdade. Vive às escuras,
Em plena solidão e ausência de qualquer
Existência.


Vivo margeado da mais santa imperfeição
E tenho certeza que Deus não me
Julgará se baseando nela. Afinal, foi
Ele quem a me garantiu


Porém, na terra, sofro por causa dela
Mesmo tentando arrancar pêlos, póros,
Pele. Não consigo arrancá-la de mim.
Nem sei por onde se adentra essa raiz,
Nem sei se essa raiz também existe.
Apenas sei da imperfeição, independentemente
De sua presença física, que é nada mais,
Nada menos, que eu: a sua materialização


O desejo é apenas que haja o perdão
Por ter nascido com esse mal divino
Com a assinatura sagrada de Nosso
Senhor. Perdão deve deveria vir
A milhares de quilômetros por hora
Até porque, a bandeirada garante toda
A emoção, com o tremor ritmado
Pelo amor