sábado, 19 de julho de 2008

Sem pressa

Vejo a vida como um barco à vela
Sim, não sou de navegar, e nem tenho
Muito contato íntimo com o mar
Apesar de ser também dele
E pela beleza que vejo
Casaria-me com Iemanjá

Quero olhar, sentir e imaginar um sinal de terra
Ao mesmo tempo, quero continuar neste mar
Navegar, água, vento n’água, ondas

Lembro que na terra as ondas eram diferentes
Eram marolas que um dia foram um grande amor
Ondulações agradáveis, esperançosas, seqüências

Nunca foi um tombo. No máximo
Piruetas, apresentações do quanto posso
Ser maior que o pulsar do mar

Sou alto, gigante, acolhedor... até quebrar
Descartadas as porcelanas, sou o mar
Pronto pra surgir intenso quando menos se espera