Nem nunca pedi a Deus
Que minha imagem e
Semelhança fossem igualáveis
À Sua. Semelhança não é iluminada
Pela igualdade. Vive às escuras,
Em plena solidão e ausência de qualquer
Existência.
Vivo margeado da mais santa imperfeição
E tenho certeza que Deus não me
Julgará se baseando nela. Afinal, foi
Ele quem a me garantiu
Porém, na terra, sofro por causa dela
Mesmo tentando arrancar pêlos, póros,
Pele. Não consigo arrancá-la de mim.
Nem sei por onde se adentra essa raiz,
Nem sei se essa raiz também existe.
Apenas sei da imperfeição, independentemente
De sua presença física, que é nada mais,
Nada menos, que eu: a sua materialização
O desejo é apenas que haja o perdão
Por ter nascido com esse mal divino
Com a assinatura sagrada de Nosso
Senhor. Perdão deve deveria vir
A milhares de quilômetros por hora
Até porque, a bandeirada garante toda
A emoção, com o tremor ritmado
Pelo amor
sábado, 14 de novembro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Amanhã, talvez
15 07 2007
Abro-me ao frio
Assim que abro os olhos e afasto o lençol
Sinto o gelo ao lembrar que bares,
amigos e garotas ficaram no fim de semana.
Hoje é segunda.
Antes de pisar no chão, insisto em pensar em tudo isso
Nos amores às pessoas, à lua, ao céu, à madrugada
Não sei se espero por mais um dia.
Levanto-me e consulto os astros.
É, hoje não é dia para declarações:
o sol transita em outro signo.
(Leandro Moreira)
“(...) Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada" – (O Haver – Vinícius de Moraes)
Abro-me ao frio
Assim que abro os olhos e afasto o lençol
Sinto o gelo ao lembrar que bares,
amigos e garotas ficaram no fim de semana.
Hoje é segunda.
Antes de pisar no chão, insisto em pensar em tudo isso
Nos amores às pessoas, à lua, ao céu, à madrugada
Não sei se espero por mais um dia.
Levanto-me e consulto os astros.
É, hoje não é dia para declarações:
o sol transita em outro signo.
(Leandro Moreira)
“(...) Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada" – (O Haver – Vinícius de Moraes)
A humildade na terra das vaidades
27 09 2008
Meu contato com pessoas é muito grande. Todo dia mantenho relação com diversos tipos de gente, em inúmeras situações e circunstâncias. Comprovo a cada dia que não apenas alguns animais estão em extinção. Mas, também, duas qualidades humanas se encontram raras: humildade e a educação.
Sei que a educação é uma construção, que tem seus alicerces na mão-de-obra familiar. No entanto, não tenho dúvidas que 80% de sua consolidação é inerente à vontade do próprio cidadão. Tanto que já encaro a educação como um dom.
E que dom precioso! É digno de muito valor quem manifesta esse dom. Ainda mais no tempo atual, quando a vaidade predomina em todos os campos de ação. Arrisco um lazer nessas festas indiferentes, e vejo uma juventude cultivada com os adubos televisivos, crescendo em estufas chiques e modernamente dogmáticas.
A necessidade de causar impressões deixou de ser estratégia e já se tornou uma prática natural. Vestem-se para agradar olhos ingleses. Forjam brilho superior em seus olhos. Tentam carimbar que são de grupo supino – uma espécie de raça ariana. Sem saber que se nivelam por baixo.
Com essa linha de raciocínio e atividade rotineira, são incapazes de declarar ‘bom dia’ a quem está à margem de seu rico quinhão de ilustres. De pedir ‘com licença’ quando se deseja passar. De abrir um sorriso somente para iniciar uma alegria à alma alheia e ao ambiente. De olhar para os lados e constatar que a diferença é uma poesia.
A humildade está fielmente vinculada à educação. A educação naturaliza o respeito ao próximo. A humildade é a guerreira que finca a lança no peito dos dois dragões: humilhação e exaltação.
Dinheiro, roupas, carros e demais futilidades não podem determinar o caráter, nem o ponto de partida das ações e reações de uma pessoa. Chato dizer o óbvio, porém, é mais chato ainda saber que muitos remam na contramão do óbvio, contrariando, até mesmo, Deus.
Meu contato com pessoas é muito grande. Todo dia mantenho relação com diversos tipos de gente, em inúmeras situações e circunstâncias. Comprovo a cada dia que não apenas alguns animais estão em extinção. Mas, também, duas qualidades humanas se encontram raras: humildade e a educação.
Sei que a educação é uma construção, que tem seus alicerces na mão-de-obra familiar. No entanto, não tenho dúvidas que 80% de sua consolidação é inerente à vontade do próprio cidadão. Tanto que já encaro a educação como um dom.
E que dom precioso! É digno de muito valor quem manifesta esse dom. Ainda mais no tempo atual, quando a vaidade predomina em todos os campos de ação. Arrisco um lazer nessas festas indiferentes, e vejo uma juventude cultivada com os adubos televisivos, crescendo em estufas chiques e modernamente dogmáticas.
A necessidade de causar impressões deixou de ser estratégia e já se tornou uma prática natural. Vestem-se para agradar olhos ingleses. Forjam brilho superior em seus olhos. Tentam carimbar que são de grupo supino – uma espécie de raça ariana. Sem saber que se nivelam por baixo.
Com essa linha de raciocínio e atividade rotineira, são incapazes de declarar ‘bom dia’ a quem está à margem de seu rico quinhão de ilustres. De pedir ‘com licença’ quando se deseja passar. De abrir um sorriso somente para iniciar uma alegria à alma alheia e ao ambiente. De olhar para os lados e constatar que a diferença é uma poesia.
A humildade está fielmente vinculada à educação. A educação naturaliza o respeito ao próximo. A humildade é a guerreira que finca a lança no peito dos dois dragões: humilhação e exaltação.
Dinheiro, roupas, carros e demais futilidades não podem determinar o caráter, nem o ponto de partida das ações e reações de uma pessoa. Chato dizer o óbvio, porém, é mais chato ainda saber que muitos remam na contramão do óbvio, contrariando, até mesmo, Deus.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Leros e projetos
Como não sei prever aquém dos segundos futuros
Jamais teria em família a saudade de tempos de outrora
Nem distantes assim. Mas, já nostálgicos.
Sinto falta dos leros, dos assuntos sem importância
A desimportância dos atos sem resultados impactantes
Na maioria das vezes, sem nenhum resultado mesmo
Além do simples lero mais lero é igual a sorrisos
Jamais teria em família a saudade de tempos de outrora
Nem distantes assim. Mas, já nostálgicos.
Sinto falta dos leros, dos assuntos sem importância
A desimportância dos atos sem resultados impactantes
Na maioria das vezes, sem nenhum resultado mesmo
Além do simples lero mais lero é igual a sorrisos
Sem leros, vamos falando sério. Ou tentando.
Aquela seriedade de criança que acabou de se deitar
E que tem a certeza de que as brincadeiras precisam
De um breve repouso, para se esbaldar num longo
Dia de travessuras, quando se perde, novamente, a
Seriedade. E retoma os leros, que talvez volte a encontrar.
Quem sabe estão por ali, após uma leve cesta.
Aquela seriedade de criança que acabou de se deitar
E que tem a certeza de que as brincadeiras precisam
De um breve repouso, para se esbaldar num longo
Dia de travessuras, quando se perde, novamente, a
Seriedade. E retoma os leros, que talvez volte a encontrar.
Quem sabe estão por ali, após uma leve cesta.
Desejo também os projetos. Sinto falta deles.
Saudade mínima daqueles que ficaram
No bolso da utopia.
Saudade mínima daqueles que ficaram
No bolso da utopia.
A falta é dos projetos
Que ainda não se apresentaram. Que não vieram
Ao churrasco, nem se sentou para dividir uma
Gelada na mesa de bar. Junto a um gorduroso
Tira-gosto.
Que ainda não se apresentaram. Que não vieram
Ao churrasco, nem se sentou para dividir uma
Gelada na mesa de bar. Junto a um gorduroso
Tira-gosto.
Tire a mesa.
Eles devem estar em outro bar.
Pendura aí pra mim!
Eles devem estar em outro bar.
Pendura aí pra mim!
sábado, 11 de julho de 2009
Já volto
Vou apenas ali, mesmo deitado
Um tour gratuito, tranquilamente. Com
escala em cada sinapse. Tudo isso é
devido a um leve cansaço que me
atingiu ao ficar parado. Vendo as pedras
que choram, vendo quem chora como
pedras. Agi, quando uma emoção,
dessas rochosas, ameaçou vir a
minha direção.
Que seja pelo céu ou pelo mar.
Que seja. O importante é que seja
Mesmo que eu não seja. Isso é o que
Menos importa. Já que nem sei o que
Quero ser. Vou sendo, simplesmente
Sem redundância ou qualquer outra
Classificação que queira fugir das margens
Gramaticais para rotular meu único
Ser. Seja você um ser mais seu.
Assim que eu retornar... sei lá
Realmente, não sei
Um tour gratuito, tranquilamente. Com
escala em cada sinapse. Tudo isso é
devido a um leve cansaço que me
atingiu ao ficar parado. Vendo as pedras
que choram, vendo quem chora como
pedras. Agi, quando uma emoção,
dessas rochosas, ameaçou vir a
minha direção.
Que seja pelo céu ou pelo mar.
Que seja. O importante é que seja
Mesmo que eu não seja. Isso é o que
Menos importa. Já que nem sei o que
Quero ser. Vou sendo, simplesmente
Sem redundância ou qualquer outra
Classificação que queira fugir das margens
Gramaticais para rotular meu único
Ser. Seja você um ser mais seu.
Assim que eu retornar... sei lá
Realmente, não sei
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Desabrochar
Vivias triste,
Ignorando raios de sol.
Não mostrava vida nem banhada com a água divina
Em meio a toda dissonância
Queria notas em bemol
Diante do sorriso das crianças
não revelava suas cores
Escondia um mundo de peripécias
Estampando sua vida, agora, incolor
Quanta dor! Quanto rancor!
Não ouve reza que revertesse
tal momento. Tormento, amargura,
por falta de sincero sentimento
Nem Deus estava no caminho de
suas esperanças.
Uma ansiedade frustrada, como
nessas frases sem rimas
Descarto essa concordância textual,
para compreender a feminina
Não é qualquer água,
Nem qualquer carinho no regar,
É necessário amor para desabrochar
A flor mulher
Que lufada lasciva! Quanto fulgor!
quinta-feira, 19 de março de 2009
Oxigenando
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Oito no pouso, oitenta no vôo
O céu já não era o mesmo. Até mesmo as flores que nasciam não tinham mais a sua marca. Ela voava distante, mais pra perto de onde nunca fui. Oitenta milhas além da minha imaginação. E eu tinha que continuar caminhando.
Aprendi a ter esperanças. A acreditar, principalmente, no improvável. Não tinha uma foto sua guardada em meu bolso. Mas, carregava em todas as gavetas da memória um momento nosso, e infinitos bater de asas.
Até que os ares foram mudando. O céu foi ganhando novo brilho e o azul vibrava ainda mais forte. O que tinha de verde se alegrou. E o que tinha de água chorou de felicidade, em cachoeiras e pequenas quedas.
A avistei. Estava se aproximando, há oitenta batidas do meu coração. Sentei-me na pedra. Ela pousou ao meu lado, há oito sinônimos do amor. Tão perto, tão mesma, tão decifrável, tão linda.
Aliviou-se ao meu lado, em oito suspiros de alma. Embalei na mesma paz e tornei-me, novamente, carona de sua direção. Repleta de perfume, me levou ao transe. Descobri que dela nascem as rosas, em forma e em cor preferida.
Aprendi a ter esperanças. A acreditar, principalmente, no improvável. Não tinha uma foto sua guardada em meu bolso. Mas, carregava em todas as gavetas da memória um momento nosso, e infinitos bater de asas.
Até que os ares foram mudando. O céu foi ganhando novo brilho e o azul vibrava ainda mais forte. O que tinha de verde se alegrou. E o que tinha de água chorou de felicidade, em cachoeiras e pequenas quedas.
A avistei. Estava se aproximando, há oitenta batidas do meu coração. Sentei-me na pedra. Ela pousou ao meu lado, há oito sinônimos do amor. Tão perto, tão mesma, tão decifrável, tão linda.
Aliviou-se ao meu lado, em oito suspiros de alma. Embalei na mesma paz e tornei-me, novamente, carona de sua direção. Repleta de perfume, me levou ao transe. Descobri que dela nascem as rosas, em forma e em cor preferida.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A simplicidade da beleza absoluta
Não há expectativas. Ninguém faz apostas enquanto ao sexo. Na verdade, não há quem aguarde ou conte os dias. Nasce fechada. Uma pérola escondida. Prestes a transformar o mundo. Colorir a vida. Enlouquecer pássaros e insetos. Tocar no âmago do coração de uma mulher.
Certo que nem todas preenchem o campo de visão feminino. Residem distante. Crescem predestinadas à natureza. Um amor cigano. Talvez, seja isso que explique a vida auto-sustentável da natureza, e toda a efervescência do meio-ambiente.
Ela se abre. Como se quisesse abraçar o mundo com seus braços sensíveis. Seu perfume desafia o infinito, desfila pelas narinas do Criador e O tonteia. Penso ser o motivo único do mundo permanecer mundo, já que pelo homem nada mais haveria.
Ela está madura. Com as pétalas fortes e irradiantes. Ostentando cores que o universo não consegue se caracterizar. Durante a noite, faz estrelas se debruçarem na parede da escuridão, direcionando sua luz para ver o que nenhuma constelação proporcionaria.
Linda flor. Beleza absoluta. A prova de que o encanto dispensa palavras e todos os seus efeitos. Vive em uma graça breve. Dentro do tempo de quem se sacrificaria para alterar a biologia e vir a conquista-la. Infinita. Diante da reencarnação de seu religioso pólen.
Certo que nem todas preenchem o campo de visão feminino. Residem distante. Crescem predestinadas à natureza. Um amor cigano. Talvez, seja isso que explique a vida auto-sustentável da natureza, e toda a efervescência do meio-ambiente.
Ela se abre. Como se quisesse abraçar o mundo com seus braços sensíveis. Seu perfume desafia o infinito, desfila pelas narinas do Criador e O tonteia. Penso ser o motivo único do mundo permanecer mundo, já que pelo homem nada mais haveria.
Ela está madura. Com as pétalas fortes e irradiantes. Ostentando cores que o universo não consegue se caracterizar. Durante a noite, faz estrelas se debruçarem na parede da escuridão, direcionando sua luz para ver o que nenhuma constelação proporcionaria.
Linda flor. Beleza absoluta. A prova de que o encanto dispensa palavras e todos os seus efeitos. Vive em uma graça breve. Dentro do tempo de quem se sacrificaria para alterar a biologia e vir a conquista-la. Infinita. Diante da reencarnação de seu religioso pólen.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Procurando o remanso
Após tantos big bangs, caço agora cantos de pássaros,
Som de cachoeiras e um grande remanso.
Quero, preguiçosamente, ver o casulo transformar-se em
Borboleta. Ser testemunha do nascimento e do óbito das
Flores.
Comparar a intensidade dos verdes. Identificar terras
Férteis. Buscar o silêncio. A observação absoluta.
Tenho evitado algumas ações, para não ter contato
Com as reações. Puxo a cadeira e sento no canto.
Não reclamo das rotineiras injustiças, nem da péssima
Escalação do meu time.
Só abri exceção para a reconciliação com meu violão.
Apenas.
Em sendo assim, vou nadando. Beirando o peito no fundo
Do leito. Hospedando o oxigênio no pulmão.
Volto logo. Até a próxima explosão.
Som de cachoeiras e um grande remanso.
Quero, preguiçosamente, ver o casulo transformar-se em
Borboleta. Ser testemunha do nascimento e do óbito das
Flores.
Comparar a intensidade dos verdes. Identificar terras
Férteis. Buscar o silêncio. A observação absoluta.
Tenho evitado algumas ações, para não ter contato
Com as reações. Puxo a cadeira e sento no canto.
Não reclamo das rotineiras injustiças, nem da péssima
Escalação do meu time.
Só abri exceção para a reconciliação com meu violão.
Apenas.
Em sendo assim, vou nadando. Beirando o peito no fundo
Do leito. Hospedando o oxigênio no pulmão.
Volto logo. Até a próxima explosão.
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