27 09 2008
Meu contato com pessoas é muito grande. Todo dia mantenho relação com diversos tipos de gente, em inúmeras situações e circunstâncias. Comprovo a cada dia que não apenas alguns animais estão em extinção. Mas, também, duas qualidades humanas se encontram raras: humildade e a educação.
Sei que a educação é uma construção, que tem seus alicerces na mão-de-obra familiar. No entanto, não tenho dúvidas que 80% de sua consolidação é inerente à vontade do próprio cidadão. Tanto que já encaro a educação como um dom.
E que dom precioso! É digno de muito valor quem manifesta esse dom. Ainda mais no tempo atual, quando a vaidade predomina em todos os campos de ação. Arrisco um lazer nessas festas indiferentes, e vejo uma juventude cultivada com os adubos televisivos, crescendo em estufas chiques e modernamente dogmáticas.
A necessidade de causar impressões deixou de ser estratégia e já se tornou uma prática natural. Vestem-se para agradar olhos ingleses. Forjam brilho superior em seus olhos. Tentam carimbar que são de grupo supino – uma espécie de raça ariana. Sem saber que se nivelam por baixo.
Com essa linha de raciocínio e atividade rotineira, são incapazes de declarar ‘bom dia’ a quem está à margem de seu rico quinhão de ilustres. De pedir ‘com licença’ quando se deseja passar. De abrir um sorriso somente para iniciar uma alegria à alma alheia e ao ambiente. De olhar para os lados e constatar que a diferença é uma poesia.
A humildade está fielmente vinculada à educação. A educação naturaliza o respeito ao próximo. A humildade é a guerreira que finca a lança no peito dos dois dragões: humilhação e exaltação.
Dinheiro, roupas, carros e demais futilidades não podem determinar o caráter, nem o ponto de partida das ações e reações de uma pessoa. Chato dizer o óbvio, porém, é mais chato ainda saber que muitos remam na contramão do óbvio, contrariando, até mesmo, Deus.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
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