segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Poeira no violão

Apesar de tantas peripécias, sei que ainda vivi pouco. Mesmo assim, tenho noção das diversas coisas que deixei de lado, sem ter, para mim, explicações. Não só coisas, como também pessoas que poderiam trilhar um pouco mais desse caminho comigo.

Tenho como medalhão da sorte a minha família, amigos e minha fé intensa em Deus. E sigo acreditando nas palavras de Vinícius de Moraes, que afirmou ser a vida a “arte dos encontros”; apesar de tantos desencontros e perdições.

Não estou nem um pouco interessado em sentir saudade de tudo. No entanto, sinto falta de um contato. Era uma relação íntima e até telepática. Eu conseguia me expressar. Pôr para fora todos os anseios, desejos, aspirações amorosas, a volição pela madrugada e tudo mais que nascesse do ritmo regido pelo coração.

Estava sempre próximo ao meu peito, repousado sobre minhas pernas. Talvez, em 2009 eu possa retomar esse relacionamento. Deito na cama e fico olhando meu violão. Em silêncio. Dentro de uma capa preta. Louco pra sair da escuridão e sentir o meu toque, sob qualquer luz: sol, lâmpada, vela ou lua.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olha eu aqui de novo......
Amo sempre!!!!
bjuxxxxx

Anônimo disse...

E que os acordes sejam tão ressonantes quanto suas palavras. Valeu "lirou".