terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A dúvida do mistério

Uma alma vagava pelas trilhas urbanas da vida. Sabia que cada passo o levaria ao fortalecimento de sua essência. Precisava sentir a noite, a madrugada, o amanhecer e viver todos os sentimentos dessas circunstâncias. Até que alguém o abordou:

- Soube que não foi alvo de diversos olhos familiares nos últimos três dias. Por onde vagou? – ingadou com um tom de preocupação.

- Pelas mesmas estradas, que nunca levam a nenhum fim – respondeu de pronto.

- Mas, é o fim o que procura?

- Não. Até porque o recomeço é executado pelo céu. Inclusive, essa é a maior loucura que sempre presencio. Vejo que o fim não tem fim. Só os incrédulos louvam essa idéia.

- Fico impressionado como você procura o nada e não se cansa, mesmo se deparando com novas auroras.

- Te entendo. Mas, não fui eu quem fixou apenas 24 horas em um dia – acenou em despedida, e retomou sua caminhada.

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