terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A união desenhada pelo fim

Ninguém descarta momentos de alegria proporcionados pelas inúmeras festas. Um liga daqui, outro comunica dali. Basta anoitecer para todo mundo se encontrar e confraternizar qualquer coisa. Geralmente, é uma celebração da vida, regada a muita cerveja.

Surge daí um ajuntamento forte. Mesmo que uma pessoa esteja sem dinheiro, isso não se torna problema. Até porque, quando um não tem; o outro tem. E é assim que funciona a amizade. Um amigo salva o outro.

Na mesa, diversos episódios alegres, já vividos, são relembrados. Sorrisos se expandem e contagiam até as mesas vizinhas. O melhor do passado vem à tona, lambuzando o paladar do mais saboroso prazer da vida.

Reparei uma outra adesão. Essa surgida de uma situação fúnebre. Na sentinela de um ente querido efervescem sentimentos que bailam em plena sintonia. Cada olhar reflete a mesma tristeza, a mesma saudade.

Cada satélite transmite um trecho de vida alegre. Com as lágrimas salgando a face, a pessoa segura aquele leve e fraterno sorriso diante de uma lembrança feliz. No entanto, rompe-se o dique e o mar de fúcsia abre seu caminho, já que o que foi não volta mais.

Resta a todos aproveitar mais a vida. Curtir mais ainda os amigos. Porque é óbvio que um dia eles se vão. E não voltarão mais. É necessário criar e recriar momentos; estimular e propagar sorrisos. É preciso ser a vida e dar a vida, para que nem a morte nos separe.

(Vá com Deus Jú)

Um comentário:

Anônimo disse...

Difícil de encontrá-las num momento desses.As palavras.Já os momentos ladeados de amigos são mais fáceis.Sorte a sua. Tanto palavras quanto amigos estão á sua volta. Valeu "lirou".