segunda-feira, 23 de junho de 2008

Cantando o perdão

Toda a luz está retida na vontade dela
As cores só se mostram mediante sua intenção
Assim, como toda a vida e tudo

Só ela não sabe que os meus tropeços não são
minha culpa. Também não é minha culpa
Os caminhos errados que, às vezes, sigo

Se um cigarro acendo é pela falta de luz
Se encho a alma de álcool é pela falta de luz
Se vagueio pela escuridão é por estar à procura da manhã

Ela dorme, enquanto estendo as mãos para conhecermos
O mundo. Ela corre, quando combino com Deus uma
Vida melhor. Ela morre, logo após eu renovar as esperanças

Eu a olho. Tento esquecer.
Mas, seus seios não deixam.
Sua pele não deixa.

Teu vaso úmido, onde mato minha sede
Teus olhos únicos, que revelam nosso futuro
Teus sonhos, os quais assisto em meu sono

Tropeço, em suas pernas
Mesmo com tantas outras existentes
No fundo ela sabe, que são as suas que me sustentam

São seus lábios
Seu corpo, seu espírito
Encarnados no meu destino

Minha vida
Na luz que você me oculta
No perdão que nosso amor perpetua

4 comentários:

Carol disse...

amo tudo que vc escreve...
vc é muito especial...
beijos

Unknown disse...

Você tem o dom das palavras!

Renata Mofatti disse...

O clarear da manhã mostra que as noites, embora escuras, também foram claras... Fica mais fácil enxergar certas coisas...

Anônimo disse...

Mais lindo de todosssss!!!!